O Núcleo de Feminicídos concluiu o inquérito sobre o assassinato da cabeleireira Aryadina Montenegro, no bairro São Joaquim, e indiciou três pessoas pelo crime. Aryadina foi agredida até a morte e seu corpo foi encontrado com sinais de espancamento no dia 22 de julho. A princípio, acreditou-se que se tratava de crime motivado por transfobia, já que Aryadina era uma mulher trans. No entanto, a hipótese foi afastada pela polícia, que concluiu que o assassinato estaria relacionado à briga entre facções.
“Não há elementos suficientes que trouxessem que a vítima seria envolvida com o tráfico de drogas, no entanto o fato de ela residir em um bairro que era de uma facção rival à dos acusados foi encontrado como um dos motivos. Embora se trate de uma mulher trans, não vimos elementos suficientes para dizer que foi um crime motivado por transfobia”, explicou a delegada Nathalia Figueiredo, coordenadora do Núcleo de Feminicídios.
Os três indiciados pelo assassinato de Aryadina estão presos preventivamente. Um deles, identificado como Orlando Silva, conhecido como Magnata, foi visto em imagens de câmeras de segurança acompanhando a vítima pouco antes de ela ser executada. Na noite do crime, Aryadina estava em um bar bebendo com amigos e foi morta depois de sair do estabelecimento.
Segundo a delegada Nathalia, Orlando tem uma vida pregressa no crime e já era inclusive investigado em outras delegacias de homicídios por delitos similares. Além dele também foram indiciados Francisco das Chagas Nunes da Silva e Carlos Daniel Martins de Sousa. Os três vão responder por homicídio com três qualificadoras: motivo torpe, meio cruel e sem chance de defesa da vítima e organização criminosa.
Há ainda uma possível cooptação de menores porque, segundo a delegada, um adolescente de 16 anos também teria participação no crime junto com os demais. A polícia espera concluir o relatório de crime até o final da semana para remetê-lo ao Ministério Público.
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