O período junino é um dos mais aguardados por aqueles que gostam de comida e danças típicas. O chapéu de palha é um dos símbolos mais característicos da época, assim como a estampa xadrez. E para quem gosta de cair na folia de São João e se caracterizar dos pés à cabeça, esse é o melhor momento. Comerciantes e consumidores vão às ruas do Centro de Teresina em busca de produtos tradicionalmente juninos e a grande procura tem aumentado, não somente nas vendas, mas também na possibilidade de novas contratações.
As lojas que vendem tecidos com estampas juninas comemoram a chegada desse período. Em alguns estabelecimentos, as vendas chegam a crescer até 100% entre os meses de maio e agosto, especialmente devido às festividades e as quadrilhas juninas. Para agradar aos consumidores, os lojistas apostam em novas estampas, mas sem abdicar das tradicionais.
“Na segunda quinzena de maio já começa a crescer a procura, em junho e julho tende a aumentar e permanece até agosto, devido às festas de folguedos. São meses que dá para vender bastante, por isso já abastecemos o estoque bem antes, para quando chegar maio, já termos produtos para oferecer aos consumidores. Compramos de tudo um pouco, desde as estampas mais tradicionais, como as chitas, às mais clássicas, como o xadrez”, comenta Anderson Ferreira, gerente de uma loja de tecidos no centro da capital.
Os valores variam conforme a composição dos tecidos. Assim, é possível encontrar chita de poliéster com preço bastante acessível e a mista com qualidade intermediária. Já os tecidos de algodão são de qualidade um pouco superior, e os de fio tinto são ainda mais nobres. O crescimento das vendas também possibilita oportunidade de emprego. Somente nesta loja, segundo Anderson Ferreira, foram contratados quatro novos colaboradores para auxiliar nas vendas.
“Esse é um excelente período para o comércio em geral e para a nossa loja, pois o nosso tecido é comprado tanto por aqueles que vão confeccionar peças de roupas para vender, quanto por aqueles que vão usar o tecido para aplicar em detalhes de produtos. Com esse crescimento nas vendas, conseguimos contratar quatro pessoas a mais, que vão ficar conosco nesse período junino e, provavelmente, continuarão no nosso quadro de funcionários”, reforça o gerente da loja.
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A costureira Carla Solange de Oliveira (52) aproveitou o início da manhã para ir ao centro de Teresina comprar tecidos que serão usados para confeccionar vestidos e camisas. As peças serão usadas por estudantes durante a quadrilha junina de uma escola localizada em seu bairro. Para a costureira, essa é uma das melhores épocas do ano, pois o número de encomendas supera 100% os pedidos em outros períodos do ano.
“As mães me procuram para encomendar as peças e eu cobro pelo tecido e mão de obra. Com um metro de tecido, que custa R$7,99, eu faço uma camisa masculina para criança, e cobra R$40. Para adulto, eu cobro R$50 de mão de obra, com a pessoa dando o tecido, então dá para tirar o valor do tecido e ainda tenho um bom lucro. Essa época junina aumenta 100% da minha renda. A procura inicia ainda no mês de maio e segue até o final de julho”, destaca Carla.
Acessórios em alta
E para curtir as festas e o período junino, além de usar roupas estampadas e xadrez, é preciso apostar em acessórios. Pensando nisso, a gerente Rosário Trajano conta que a loja que ela administra abasteceu o estoque ainda no mês de maio. Dentro os itens mais procurados pelos consumidores estão os adereços de cabelo, como bicos de pato e tiaras com tranças, e chapéus de palha.
“Desde maio sentimos a procura por produtos juninos, então, estão sempre chegando novidades na loja e deve ser assim até o final de junho. Os acessórios para cabelo e adereço para decorar o ambiente são muito procurados. É possível comprar enfeites para decoração a partir de R$6, já os acessórios estão disponíveis a partir de R$7. A nossa aposta é o chapéu do Lampião.", destaca.
A gerente enfatiza que junho é excelente para o comércio e as vendas chegam a crescer até 50%. Além disso, as lojas possuem atrativos para os consumidores, especialmente para os que buscam produtos diversificados e preço mais acessíveis. “Essa é uma época que as pessoas não deixam de vir ao centro, pela variedade e pelo preço baixo, pois aqui dá para encontrar coisas que não encontram no comércio do bairro ou até mesmo na internet”, complementa Rosário Trajano, gerente de loja no centro de Teresina.
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