O Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) realizou uma série de fiscalizações nas maternidades de Teresina, tanto nas administradas pelo Município, quanto na Maternidade Dona Evangelina Rosa, administrada pelo Governo Estadual. O órgão detectou uma série de irregularidades, dentre as quais a existência de uma infestação de pombos na Maternidade do Promorar.
Nesta unidade de saúde foram encontradas condições ruins de limpeza e a presença de pombos circulando principalmente pela área dos motores de ar condicionado e telhado. No local o CRM também se deparou com ninhos e presença de fezes de pombos.
Além dos animais dividindo espaço com pacientes que dão entrada na unidade, na Maternidade do Promorar os banheiros apresentam problemas hidráulicos. Há ainda enfermarias lotadas e sem climatização e sem privacidade a quem está internado. O CRM constatou ainda poltronas e macas em mal estado de conservação e problemas na realização de exames de ultrassonografia.
Os problemas na Maternidade do Promorar não são apenas estruturais, segundo o Conselho. Há falta de medicamentos injetáveis, morfina e até de imunoglobulina anti-RH. “A maternidade não conta com transdutor para ultrassonografia transvaginal é constante a falta de bisturi elétrico, há cerca de dois anos”, explicou a entidade em nota.
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Também foi feita fiscalização na Maternidade do Satélite, na zona Leste da capital, onde foram constatados falta de internet, o que deixou o sistema de prontuário fora do ar, dificuldade na realização de exames de ultrassom e algumas infiltrações no teto. Já na Maternidade Wall Ferraz (CIAMCA), o CRM encontrou irregularidades nas escalas médicas devido à ausência de profissionais para cobrir plantões de médicos afastados e déficit de aparelhos para a administração de medicamentos na UTI Neonatal e em pacientes adultos de UTI.
As fiscalizações nas maternidades do Buenos Aires e Dona Evangelina Rosa não resultaram na detecção de irregularidades, segundo informou o CRM. Os relatórios técnicos serão encaminhados pelo Conselho para os diretores técnicos de todas as unidades e para o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), que terá 30 dias de prazo para sanar as irregularidades.
A reportagem do Portalodia.com procurou a FMS, responsável pela gestão das unidades onde foram encontrados problemas. Em nota, a Fundação disse que ainda não foi oficialmente notificada pelo CRM, mas que se coloca à disposição para analisar todos os pontos que serão apontados para que sejam melhorados. "A FMS está trabalhando constantemente para melhorias em todas as unidades de saúde", disse o órgão.
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