A manicure Kelliane Pereira dos Santos, de 27 anos, apresentou melhora significativa no seu quadro de saúde após ser atingida pelo avião do médico Jacinto Lay no dia 08 de setembro, na BR-316, zona Sul de Teresina. Em vídeo gravado pelo advogado da família, a manicure revelou que já consegue andar e falar, mas que ainda precisa de ajuda para comprar alguns equipamentos. Kelliane está recebendo cuidados em casa depois de ficar 16 dias internada no Hospital de Urgências de Teresina (HUT).

“Graças a Deus estou me sentindo melhor. Estou me recuperando porque eu não mexia, ficava sem movimento, e hoje em dia eu consigo até falar, porque eu não conseguia me expressar. Eu já consigo ficar em pé, consigo sentar, coisa que eu não fazia”, afirmou a jovem.

Com a recuperação, o desejo da manicure é poder voltar a trabalhar e ajudar a mãe com as despesas de casa. Outro sonho é estudar e conseguir passar em um concurso público para dar uma vida confortável aos familiares.

“Porque não sou só eu, tenho três irmãos. Não é porque eu sofri um acidente que a minha mãe tem que parar, ela tem que viver a vida dela, tem que trabalhar, tem que ter as coisas. Sei muito bem que minha mãe sempre foi esforçada, sempre me ajudou e agora está me ajudando muito mais”, disse, emocionada.

Em entrevista ao O DIA, o advogado de Kelliane, Lúcio Tadeu, afirmou que a vaquinha virtual realizada pela família ajudou a custear boa parte dos gastos e a vítima também tem recebido doações de alimentos da comunidade. Além disso, a família do médico Jacinto Lay, piloto do avião, doou R$ 2 mil para a manicure e disponibilizou uma fisioterapeuta e uma cuidadora para ajudar no tratamento de Kelliane em casa.

“Foi disponibilizada uma ajuda de R$ 2 mil, que é aquém da renda família que era de R$ 4 a 5 mil, porque ela e a mãe estão paradas. Também custearam uma consulta com um especialista, ela foi encaminhada para um hospital para ser submetida a exames que foram requisitados pelos médicos”, explica o advogado.

O advogado afirma que, agora, a manicure pede ajuda para conseguir comprar um andador, um ventilador e uma cadeira de banho, que são essenciais nesse momento da recuperação.

“Você vê que a família não está exigindo nada demais. Não existe nenhum pedido exorbitante. Eles têm se mantido esse tempo com a ajuda da comunidade, da sociedade piauiense que se mostrou muito comovida com a situação, até mesmo alimentação que hoje tem lá foi doada pela comunidade”, destaca Lúcio Tadeu.

O advogado peticionou a Polícia Federal, responsável pelo inquérito do acidente, requerendo a realização de exame de corpo delito complementar, requisitando o prontuário médico da vítima do HUT, além de um laudo do acidente, com as características do avião e informações sobre a propriedade da aeronave. O prazo para conclusão do inquérito é de 30 dias, podendo ser prorrogado a critério da autoridade policial.

“É fundamental que o inquérito policial seja encerrado para a gente saber a gravidade das lesões e quais serão as providências futuras. Nós estamos tratando disso, vamos ver a apólice do seguro do avião e vamos dar continuidade. Mas até agora a Kelliane está evoluindo. Ela quer muito voltar a trabalhar, quer ajudar a mãe. Ela é uma pessoa do bem”, finalizou o advogado.

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