A maioria das pessoas mortas por arma de fogo em Teresina possuía passagem pela polícia, relevam dados de um levantamento realizado pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí. Os números levam em consideração os homicídios registrados de janeiro do ano passado a julho deste ano na capital.
Nesse período, 419 pessoas foram vítimas de homicídio com uso de arma de fogo. Desse total, 249 tinham ou tiveram em algum momento da vida envolvimento com a criminalidade, o que representa 59,4%.
As vítimas de homicídios que possuíam antecedentes criminais possuíam em média 28 anos. A faixa etária de 15 e 29 anos representou 59,43 dos mortos. O relatório apontou ainda os locais que os homicídios ocorrem com mais frequência. Vias públicas, bares e restaurantes lideram o ranking com 66,6%.
O secretário de Segurança do Piauí, Chico Lucas, explicou que o cruzamento entre bases dados, realizado pela Gerência de dados cartográficos, permite mapear a biografia das vítimas da violência letal intencional no Piauí, de modo a conhecer o perfil das vítimas deste fenômeno criminal.
“O trabalho visa conhecer todas as etapas dos crimes violentos letais intencionais para melhor prevenir e repreender”, disse o secretário. Os homicídios com a utilização de arma de fogo correspondem a 89,76% dos casos.
Piauí apresenta queda de mortes violentas
O Piauí apresentou queda no número de mortes violentas intencionais (MVI) neste ano, segundo os dados do Monitor da Violência. A redução foi de 0,5 no primeiro semestre. De janeiro a julho do ano passado, foram 375 mortes violentas no ano passado. No mesmo período deste ano foram 373 casos.
“Acompanhamos diariamente os números de mortes violentas intencionais, o estado do Piauí, segue uma tendência de queda. Comparando com a nossa previsão e com a média dos outros anos, acreditamos que até o final do ano teremos uma redução ainda maior”, defendeu o delegado João Marcelo Brasileiro, gerente de Análise Criminal e Estatística da SSP.