Com o objetivo de celebrar a diversidade e reivindicar direitos, o Festival Multicultural contra a LGBTQIAfobia ocupa as ruas do Centro de Teresina a partir das 18h deste sábado (20). O evento faz alusão ao dia Dia Internacional de Luta contra a LGBTQIfobia, comemorado no último dia 17 de maio. O festival tem entrada gratuita e acontecerá na Rua 24 de Janeiro.
A programação do evento contará com a renomada artista Jorgina Banguim e pelo DJ Hiperbolar. Além disso, as DJs Kays e Nicoly Williams, Tainah Porta e as performances de Paty Girl e Troian marcarão presença no palco.
Para a vice-coordenadora do Matizes, Marinalva Santana,o evento é a celebração do respeito e da diversidade. “Nós vamos ter DJs, performances de drags. Simultaneamente, ocorrerá uma feirinha para as pessoas LGBTs venderem seus produtos e ganharem alguma renda. O festival é gratuito e o único requisito para quem quiser participar é se despir do preconceito”, frisa Marinalva.
Durante o festival, também terá arrecadação de alimentos não perecíveis que posteriormente serão doados à pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade social.
Dia Internacional contra a LGBTfobia
Em 17 de maio de 1990, a homosexualidade deixou de ser considerada uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A data ficou marcada por uma importante conquista na luta pelo direito de existir e, por isso, foi escolhida para celebrar o Dia Internacional contra a LGBTfobia, instituído em 2004.
O objetivo da data é promover ações de conscientização e combate ao preconceito contra pessoas LGBTQIA+. Ao redor de todo o mundo, ocorreram manifestações, eventos e palestras voltadas ao tema.
A cada 32 horas, uma pessoa LGBT é morta no Brasil
Datas como o Dia Internacional contra a LGBTfobia celebram conquistas importantes na luta das pessoas LGBTQIA+ no Brasil e no mundo. No entanto, é preciso lembrar que os desafios que essa comunidade enfrenta são constantes e diários. O preconceito, o abuso e outros tipos de violências levam à morte de milhares de pessoas LGBT.
Em 2022, mais de 270 mortes foram registradas no Brasil, de acordo com o Dossiê Mortes e Violências contra LGBTQIA+. A maioria dos óbitos se deu em decorrência de assassinatos. O número mostra que, no país, uma pessoa LGBT é assassinada a cada 32 horas.
Os dados evidenciam a necessidade de políticas políticas que protejam efetivamente essas pessoas e, além disso, demonstram a importância de uma educação voltada ao não preconceito e a não violência. Eventos que pregam a diversidade, respeito e inclusão também contribuem para a disseminação da causa.