Em meio as articulações internas no PT para a escolha do candidato a prefeito de Teresina, o deputado estadual Fábio Novo, que disputa o direito de concorrer com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Franzé Silva, elegeu dois problemas da capital para debater em uma eventual candidatura: obras de drenagem e saúde pública.
O tom do discurso do parlamentar foi apresentado em entrevista ao programa O Dia News, da O Dia Tv, nesta sexta-feira (18). Não por acaso, a estratégia utilizada por Novo é apresentar esses dois problemas e apontar que a Prefeitura de Teresina necessita recorrer ao governo estadual e federal para solucioná-los.
Sobre as obras de drenagem, por exemplo, Fábio Novo explicou que é necessário um montante de R$ 4 bilhões para construir galerias que resolvam os problemas dos alagamentos. Ele criticou as gestões tucanas e de Dr. Pessoa (Republicanos) por não terem tido diálogo para atrair recursos para essa demanda.
LEIA TAMBÉM: "Eu quero me confrontar com quem tem legado", declara Dr. Pessoa sobre a sucessão municipal
“Temos um problema que já vem de muitos anos, que não é só dessa gestão, das famosas galerias de Teresina. Agora, esse problema vem maior com a mudança climática. Já percebemos que está chovendo em Teresina mais volume de água em um curto espaço de tempo. O que temos visto é ruas inteiras sendo transformadas em rio e cenas de carros sendo arrastados e até pessoas morrendo”, disse.
Na saúde, o deputado lembrou das obras da área que foram realizadas na capital enquanto Lula e Dilma governaram com Wellington Dias, como o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e o Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI).
DISPUTA COM FRANZÉ
O deputado revelou que os critérios de escolha do candidato do PT seguem mantidos, porém, criticou um deles, a aglutinação de forças como peso na decisão. Essa é a posta de Franzé Silva, que conta com apoio de cinco partidos, e tem avançado sobre lideranças comunitárias.
“De que adianta eu dizer que tenho 100 lideranças se na hora da pesquisa de opinião pública eu não apareço melhor do que você? Quais os pesos dessas lideranças? É preciso avaliar isso com muito cuidado. Na hora que o PT decidir quem é o nome, você tem dúvida que vamos fazer muitas alianças?”, questionou.
Para a escolha do candidato, o PT realizará a partir da próxima semana uma rodada de pesquisas quantitativas e qualitativas. Ao todo, serão utilizados um instituto nacional e dois institutos locais para mensurar o cenário eleitoral de momento na capital.