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Eleição Proporcional: Partidos políticos travam batalha por "caldas"

No sistema eleitoral proporcional as vagas no parlamento são conquistadas primeiramente pelos partidos políticos, e apenas em um segundo momento se considera a votação individual dos candidatos para, por fim, os eleitos serem declarados. A regra vale para as candidaturas a vereador, deputado estadual e deputado federal. 

Os partidos estão buscando formar chapas fortes, com candidatos competitivos, para o sucesso das legendas nas eleições municipais de 2024.

Nesse cenário, pode acontecer um efeito adverso. A depender dos componentes de determinado partido ou federação, nomes com uma alta votação podem perder o pleito, enquanto lideranças menos votadas podem sair vitoriosas.

Nos bastidores uma fonte fidedigna confidenciou à coluna que os partidos ligados ao Palácio da Cidade de Teresina estão perdendo "caldas" para as siglas ligadas ao Palácio de Karnak. 

Ascom CMT
Parlamento teresinense

Os "caldas" ou "buchas", como são chamados informalmente, são os pretensos candidatos a vereador com menor expectativa de votos. Eles podem até não serem eleitos, mas são estratégicos para o sucesso do partido pela votação que somam à legenda. 

Está cada vez mais notório o contexto de disputa entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Teresina não apenas no campo majoritário, mas também no proporcional. 

O que faz um "calda" ou "bucha" escolher se filiar a determinado partido é uma questão individual de cada caso, mas podemos afirmar que vários interesses pessoais, ou de grupo, pesam na decisão. O critério preponderante deveria ser, teoricamente, a identidade com a ideologia partidária. No entanto, esse critério muitas vezes é desconsiderado na prática.