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Criminosos usam dados de policiais falecidos para realizar fraudes bancárias na Caixa

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (20) a Operação Caronte, com o objetivo de desarticular esquema criminoso de fraudes bancárias, especificamente na modalidade de invasão de contas e uso indevido de cartões de crédito. Equipes de policiais federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão em Teresina.

Assis Fernandes/ODIA
Agência da Caixa Econômica Federal, no Centro de Teresina

As investigações identificaram alterações suspeitas em cadastros de clientes falecidos da Caixa Econômica Federal. Utilizando uma técnica criminosa chamada SIM Swap, os criminosos conseguiam transferir linhas telefônicas e acessar informações bancárias para solicitar novos cartões de crédito e realizar transações fraudulentas.

Os investigados utilizavam principalmente dados de policiais falecidos, como delegados e agentes das forças de segurança. Até o momento, foram identificadas fraudes que somam mais de R$ 230 mil, com potencial de atingir até mais de R$ 700 mil.

As ordens judiciais foram expedidas pela 3ª Vara Federal da Seção Judiciária do Piauí, que também deferiu bloqueios em conta bancária e de recebíveis de máquinas de cartões de crédito. Os suspeitos poderão responder por furto qualificado e estelionato, além de outros crimes que possam surgir no decorrer do processo investigativo.

Esta é a segunda operação da Polícia Federal para coibir crimes na Caixa Econômica Federal em menos de 15 dias. No último dia 11 de setembro, a PF deflagrou uma operação para desarticular um grupo criminoso e desbaratar um esquema de contratação ilegal de empréstimos junto a instituições bancárias no Piauí e em São Paulo. A ação foi batizada de Operação Cherut. Os criminosos ameaçavam e extorquiam um gerente da Caixa Econômica Federal em Teresina para aplicar golpes com dados bancários. 

Eles cooptavam laranjas, que criavam empresas de fachada. Cabia ao chefe do grupo criminoso ameaçar o gerente da Caixa em Teresina para que ele liberasse empréstimos para estas empresas. Os criminosos criaram pelo menos 35 pessoas jurídicas (empresas de fachada) e causaram um prejuízo de mais de R$ 3 milhões no Giro Caixa, a modalidade de linha de crédito destinada a empresas de todos os portes que desejam aumentar seu capital de giro.

Uma mulher foi presa em flagrante em Teresina ao tentar obter empréstimo em uma agência da Caixa para uma empresa real, mas utilizando dados financeiros e contábeis fraudados.


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