Em uma cidade cujo transporte público é deficitário, com poucos veículos e horários incertos, muitos trabalhadores utilizam as bicicletas como uma forma alternativa para se deslocar, tanto para o trabalho como para outros locais, como academias e até espaços de lazer. Em Teresina, atualmente, há 65 km de extensão de malha cicloviária em todas as zonas da capital.
Mas, a rede cicloviária de Teresina deve aumentar, segundo a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans). Isso porque o órgão possui projetos para execução de mais 10 km, que devem ser iniciados assim que concluído o processo de licitação da rede cicloviária mínima.
A extensão da malha cicloviária visa interligar as avenidas Miguel Rosa e Petrônio Portela, facilitando o acesso às zonas Centro-Norte; Petrônio Portela e Raul Lopes, conectando as zonas Norte e Leste; prolongamento da ciclofaixa da Avenida Raul Lopes e a implantação de ciclorrotas nas vias do Centro de Teresina.
Outro processo de licitação em andamento é o da rede cicloviária estrutural, que visa a elaboração de estudos e projetos para ampliação da malha cicloviária, visando a interligação de todas as zonas de Teresina. Segundo a Strans, a princípio, estima-se um aumento de aproximadamente 160 km. Este número poderá sofrer alterações conforme os resultados dos estudos a serem realizados.
Uma boa notícia para a atendente judiciária Letícia Castelo Branco (22). Há cerca de três anos, ela passou a utilizar a bicicleta para ir de casa ao trabalho. Um hábito saudável, econômico, rápido, mas perigoso. Segundo ela, Teresina tem poucas vias para ciclistas, além de não serem bem sinalizadas. Além desses fatores, há também as imprudências dos motoristas, que insistem em não respeitar o espaço destinado aos ciclistas.
“Nas ciclovias que eu ando sempre tem de uma a três placas sinalizando que aquele trecho é uma via para ciclistas, porém, a maioria das faixas são muito apagadas e os motoristas sempre utilizam a via exclusiva para ciclistas. A gente que é ciclista tem que andar o tempo todo com medo de ser atropelado, porque, por mais que tenha ciclovia, os motoristas agem como se não existisse”, comenta a jovem.
Ainda de acordo com Letícia Castelo Branco, a quantidade de ciclovias em Teresina não é suficiente e as que existem são encontradas nas ruas e avenidas mais movimentadas, como nas avenidas Raul Lopes, dos Ipês e Marechal. Infelizmente, nenhuma está no trajeto até seu trabalho, exigindo que a atendente judiciária redobre a atenção, já que utiliza vias sem espaço específico para ciclistas e com sinalização adequada.
“Minha sorte é que meu trabalho não é tão longe da minha casa, aí acaba não sendo muito cansativo. A bicicleta acaba sendo a opção mais econômica e rápida, embora eu tenha que redobrar os cuidados, andando sempre próximo do meio fio e olhando para trás para ver se não tem carro. A Prefeitura poderia providenciar a manutenção das ciclovias, pintando-as sempre que for preciso e sinalizando com placas, assim como executar um projeto de conscientização para os motoristas”, complementa a jovem Letícia Castelo Branco.
Principais rua e avenidas de Teresina que possuem ciclovias ou ciclofaixas:
- Avenida Maranhão;
- Avenida Miguel Rosa;
- Avenida São Raimundo;
- Avenida Odilon Araújo;
- Avenida Celso Pinheiro;
- Avenida União;
- Avenida Roraima;
- Avenida Poty Velho;
- Avenida Petrônio Portela;
- Avenida Raul Lopes;
- Avenida João XXIII;
- Avenida Marechal Castelo Branco;
- Avenida Presidente Getúlio Vargas;
- Rua Ceará;
- Rua João Cabral, entre outras.
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