Não era para ser, mas o serviço de coleta de lixo certamente será um ponto importante a ser debatido no processo eleitoral de Teresina. Isso porque nos últimos quatro anos, o serviço foi feito de forma emergencial por várias vezes, tendo inclusive sido paralisado, chamando atenção para um problema que não é difícil ser solucionado, mas que esteve presente na cidade.
Durante a gestão de Dr. Pessoa (PRD), a discussão retroagiu ao ponto de se discutir sobre a eficiência da coleta de lixo. Infelizmente, o ideal era avançar no sentido de melhorar a coleta de resíduos sólidos, tratando a discussão pelo viés técnico ambiental da reciclagem, que pode gerar empregos e renda para um segmento da sociedade que não possui alta escolaridade, investimentos em estrutura adequada de aterros sanitários, enfim, priorizar a agenda da saúde e da sustentabilidade. Por conta da má prestação dos serviços, a discussão ainda é inicial e se volta para a realização da coleta do lixo domiciliar.
A população espera que os candidatos, pelo menos os mais competitivos, sejam capazes de apresentar propostas exequíveis em relação a melhoria do serviço de coleta e tratamento adequado do lixo, o que gera saúde e proteção ao meio ambiente. É importante ressaltar que trata-se de um serviço caro. A média mensal do custo do serviço é de praticamente R$ 20 milhões.
Certamente, é um ponto que seria acessório, mas diante do quadro atual, pode se tornar protagonista de um processo eleitoral que deve ser marcado pelo interesse da população em ouvir pautas tão voltadas para o social.