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Após 13 anos, família de jovem morta eletrocutada por poste em Teresina ainda aguarda indenização

No dia 10 de outubro de 2011, Ana Carolina de Oliveira Silva, de 21 anos, faleceu ao ser eletrocutada por um poste de iluminação pública em Teresina, na avenida Presidente Kennedy, zona leste da capital. Treze anos se passaram desde o acidente e a família de Ana segue lutando na justiça por uma indenização.

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Ana Carolina de Oliveira Silva morreu aos 21 anos após ser eletrocutada por poste em Teresina

A mãe da vítima, Raimunda Avelino, desabafa sobre a dor que carrega e o descaso que tem vivido durante mais de uma década. “Treze anos não são treze dias. Se a gente estivesse esperando por esse dinheiro pra sustentar os netos... Eu faço até um apelo: que façam esse pagamento, porque quantas pessoas não morreram de lá pra cá, do mesmo jeito que ela?", perguntou.

Dona de casa, Raimunda lembra com tristeza o dia em que perdeu a filha. "Ela tinha saído de casa para ir ao Bom Preço, que tinham acabado de inaugurar. Foi pouco tempo, logo soubemos da notícia que ela tinha sido eletrocutada. Uma pessoa me chamou gritando, muito desesperado", relatou a mãe emocionada.

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Raimunda Avelino, mãe de Ana

O acidente aconteceu quando Ana Carolina tentou passar por um local onde já havia relatos de choques elétricos vindos do poste. A descarga foi fatal. Seu corpo teve partes carbonizadas, e as testemunhas que estavam no local não conseguiram fazer nada para salvar a jovem.

“Era para minha filha estar aqui cuidando dos filhos. Era uma menina nova, tinha muita vida pela frente”.

Raimunda AvelinaDona de casa

O filho de Ana Carolina, que tinha apenas 11 meses na época, sobreviveu graças ao instinto da mãe, que jogou o menino no chão pouco antes de ser atingida pela corrente elétrica. Hoje, ele tem 13 anos e vive sob os cuidados da avó materna junto com seu outro irmão. “Desde o dia que ela faleceu, tudo que eu tinha de fazer, deixei de fazer pra cuidar dos filhos dela. Graças a Deus a gente se dá muito bem. Não tenho o que dizer dos meus netos. São crianças muito boas”, afirmou Raimunda.

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Ana deixou dois filhos que desde então estão aos cuidados da avó

Além da indenização, a avó mencionou que a pensão alimentícia dos filhos de Ana também enfrenta complicações judiciais. Durante a pandemia, o pai das crianças, segundo Raimunda, contestou o benefício, e ela ficou sem receber por um período. "O pai nunca teve responsabilidade de tomar conta dos filhos, nunca ligou para eles. Desde que ela faleceu, sou eu que cuido", afirmou.

O que diz a Equatorial Piauí?

Em nota, a Equatorial Piauí esclareceu que o caso ainda não foi resolvido judicialmente, mas que já iniciou tratativas com as partes interessadas para um possível acordo de indenização. A empresa destacou que, à época do acidente, a concessão de distribuição de energia no estado do Piauí ainda era responsabilidade da Eletrobras, e que desde então, a Equatorial Piauí está à disposição para discutir o processo.

A companhia também reforçou que está em conformidade com as determinações judiciais quanto ao pagamento de pensão alimentícia aos filhos de Ana Carolina, e segue disponível para formalizar um acordo, caso seja de interesse das partes envolvidas.

Cuidados com situações de risco elétrico

O acidente que vitimou Ana Carolina não foi isolado. Postes de iluminação com vazamento de corrente elétrica são um perigo para a população. Sinais de risco, como choques leves ao tocar em cercas ou postes, ou mesmo faíscas vindas da estrutura, são alertas de que algo está errado.

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Postes de iluminação com vazamento de corrente elétrica são um perigo para a população

Veja algumas medidas de segurança que podem evitar tragédias:


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