Uma hora. 60 minutos. Esse é o tempo médio em que novas vítimas de acidentes de motocicleta são atendidas no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Dados da Fundação Municipal de Saúde (FMS) revelam que, em 2024, o hospital atendeu 9.343 pessoas vítimas de acidentes envolvendo motos, uma média de uma vítima a cada hora.
De acordo com levantamento realizado no ano passado, os acidentes de trânsito têm gerado custos muito maiores do que os valores pagos pelo SUS para o tratamento dos pacientes. A diretora geral do HUT, Aranucha Brito, comenta que a diferença entre o valor gasto pelo hospital e o que é ressarcido pelas Autorizações de Internações Hospitalares (AIH’s) é grande.
“O custo para atender uma vítima de acidente de moto varia conforme a gravidade do caso e o tempo de internação. Esses custos incluem despesas diretas, como internação, salários de profissionais, procedimentos cirúrgicos, medicamentos e materiais hospitalares, além de despesas indiretas, como impostos, água, energia, telefone, internet e outros”, explica.
Outro dado importante é que cerca de 43% dos pacientes atendidos no HUT são provenientes localidades fora de Teresina. Aranucha aponta que esse percentual pode ser ainda maior, já que muitos pacientes de outros municípios informam endereços de familiares ou acomodação na capital.
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Como reduzir esses acidentes?
Acidentes de motocicleta têm se tornado uma rotina nas vias de Teresina. Não é raro para os moradores da cidade se depararem com cenas de motos caídas no chão, com as vítimas sendo atendidas por equipes de emergência.
O diretor médico do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), Rogério Medeiros, alerta para as graves sequelas que esses acidentes podem causar. "As lesões mais comuns incluem fraturas expostas e fechadas, traumatismos cranianos e lesões cerebrais permanentes. Muitos pacientes necessitam de acompanhamento contínuo e especializado, o que impacta profundamente suas vidas. É triste ver pessoas em idade produtiva com limitações físicas ou incapacidades devido a acidentes que poderiam ser evitados", lamenta o médico.
Mas como reduzir esses acidentes? O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Charles Silveira, destaca a importância de uma abordagem multifacetada para diminuir o número de ocorrências no trânsito. Segundo ele, a solução passa por ações preventivas, fiscalização mais rigorosa, uma sinalização mais eficaz e, principalmente, pela conscientização dos motoristas sobre a importância de cumprir as normas de trânsito.
Silveira também enfatiza o papel fundamental dos equipamentos de proteção, como capacetes, que podem prevenir danos graves ou até salvar vidas. “O uso de equipamentos de proteção, por exemplo, pode evitar danos irreversíveis ou mesmo o óbito. É preciso utilizá-los sempre, mesmo que os condutores façam pequenos trajetos no trânsito”, acrescenta.
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