O coordenador do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) no Piauí e Maranhão, Assis Rocha, declarou em entrevista ao programa de TV O Dia News, da O Dia TV, que três dos 25 reservatórios do Piauí que atualmente atendem moradores que vivem no semi-árido estão operando em níveis considerados como “precários e preocupantes”.
Em razão disso, o gestor argumentou há uma recomendação da Agência Nacional de Águas (ANA) para que esses locais fiquem com as comportas fechadas e, assim, não sequem por completo.
O locais citados pelo diretor, são: o açude de Pio IX, que de uma capacidade de 24 milhões de metros cúbicos está operando com 3 milhões m³ de vazão. Em seguida, vem o açude de Fronteiras, que está com 6 milhões m³ (capacidade de 24 milhões) e o açude de Piaus, em São Julião, que está operando com 37 milhões m³ (capacidade de 104 milhões).
O fato se dá em razão da forte estiagem que atinge o Piauí. Nesse período, é característico de várias regiões a redução, atraso e até mesmo a falta de chuvas. Por sua vez, barragens, reservatórios e açudes trabalham com capacidade abaixo do normal a espera de melhoras na situação. “A estiagem atinge todo o estado do Piauí, especificamente a região do semi-árido. Nós temos uma região de muita seca aqui”, relatou.
Para atender as regiões que sofrem pela estiagem, o Piauí atualmente conta 25 reservatórios e açudes. Assis Rocha ressaltou que o Dnocs trabalha para amenizar os níveis críticos.
“A realidade aqui no Piauí é difícil. Nós somos conhecedores disso. O Dnocs, que é uma autarquia federal, há anos combate a seca, não só do Piauí, mas de todo Nordeste [...]. A gente já nasceu num estado difícil, de renda per capita baixa, poucas chuvas, mas temos que ser otimistas. Temos que ser corajosos para enfrentar as dificuldades”, afirmou.
Situação de emergência em 86 cidades por conta da seca
Em agosto desse ano, o Governo do Piauí divulgou um decreto em que determinava a situação de emergência devido à estiagem em 86 cidades piauienses. A portaria entrou em vigor no dia 10 de agosto e tem a vigência de 180 dias.
Diante da situação, ficou estabelecido que órgãos e entidades da administração pública, vinculados ao Sistema de Proteção e Defesa Civil estadual, adotassem medidas necessárias a restabelecer a normalidade.