Técnicos-administrativos da Universidade Federal do Piauí (UFPI) iniciam a partir desta segunda (18) greve por tempo indeterminado. O movimento será realizado em conjunto com servidores técnico-administrativos em educação das universidades federais do Brasil que também iniciarão greves em diversas instituições em todo o país. O objetivo dos servidores é pressionar o governo por um reajuste do salário para o ano de 2024 e melhorias nos planos de carreira.
Após reuniões com representantes dos trabalhadores, a União solicitou um prazo maior na negociação do salário dos servidores federais na Mesa Nacional de Negociação Permamente (MNNP) com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) a fixação do percentual de reajuste dos trabalhadores deverá ser definido somente em junho.
A estratégia do governo Lula é conceder um reajuste salarial de forma nominal a determinadas categorias, proposta que não agrada os trabalhadores que negociam um reajuste linear do salário para todas as categorias pelos próximos três anos.
Em dezembro a União formalizou uma proposta de reajuste para as carreiras. A proposta inclui a reestruturação de carreiras e o reajuste do salário de 9% em duas parcelas, uma em 2025 e outra em 2026. Na prática a proposta apenas corrigiria a perda inflacionário de 2023.
O indicativo de greve foi aprovado em plenária da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).
Bartolomeu Carvalho, presidente do SINTUFPI, explica que a proposta apresentada não contempla a categoria.
De acordo com o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Tipicas do Estado (Fonacate), duas contrapropostas foram apresentadas aos representantes do ministério, a primeira um reajuste de 34,32% dividido em três parcelas iguais de 10,34%, em 2024, 2025 e 2026, para o servidor que em 2015 firmaram acordos por dois anos (2016 e 2017). A segunda um reajuste de 22,71% dividido em três parcelas iguais de 7,06%, em 2024, 2025 e 2026, para os servidores que em 2015 fecharam acordos salariais por quatro anos (2016 a 2019), porém sem respostas.
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