O Porto Piauí deverá dobrar o Produto Interno Bruto (PIB) do Piauí quando estiver com os terminais em operação, projetou o governador Rafael Fonteles durante a solenidade de inauguração nesta quarta-feira (13), no município de Luís Correia. O chefe do Executivo explicou que só a recuperação de receitas poderá chegar a R$ 300 milhões por ano.
“Quando todos estes terminais estiverem em funcionamento, vamos mais que duplicar o PIB do Piauí. É realmente algo muito relevante. O Piauí perde hoje mais de R$ 300 milhões por ano só pelo fato de não importar o que consumimos, como combustíveis e fertilizantes pelo nosso próprio estado. Esse número demostra a viabilidade econômica e financeira”, disse. O Piauí registrou PIB de R$ 64 bilhões, segundo dados de 2021.
O equipamento deverá impactar a região litorânea também na geração de emprego. O governo estipulou que somente a indústria de conservas, que será instalada em Luís Correia, deverá gerar 1 mil empregos diretos.
“Quando todos estes terminais estiverem em funcionamento, vamos mais que duplicar o PIB do Piauí. É realmente algo muito relevante. O Piauí perde hoje mais de R$ 300 milhões por ano só pelo fato de não importar o que consumimos, como combustíveis e fertilizantes pelo nosso próprio estado. Esse número demostra a viabilidade econômica e financeira”, disse. O Piauí registrou PIB de R$ 64 bilhões, segundo dados de 2021.
O equipamento deverá impactar a região litorânea também na geração de emprego. O governo estipulou que somente a indústria de conservas, que será instalada em Luís Correia, deverá gerar 1 mil empregos diretos.
“Essa é só a primeira etapa, mas significa muito. São várias etapas sucessivas com a inauguração do cais, de novos calados, mas um porto se começa assim. Estamos dando os passos de forma muito segura, com todo respeito a legislação, a preocupação ambiental. Deus permitiu que concebêssemos esse porto já olhando para o futuro principalmente ao que diz respeito ao hidrogênio verde”, disse o governador.
O Porto Piauí começará a operar inicialmente com a indústria de pescados. A previsão é que ainda em 2024 comece o transporte de minérios a partir da mina do município de Piripiri. O terminal de grãos, que é voltado para a exportação da produção agrícola do estado como, por exemplo, a soja, deve ficar pronto nos próximos dois anos. Já o terminal de amônia, que exportará o hidrogênio verde, deve ser entregue no prazo de quatro anos.
“O Porto Piauí homenageia nosso estado. Esse porto é muito importante para Luís Correia, para Parnaíba, mas ele é importante para o Piauí todo e resolvemos homenagear o minério de ferro de Piripiri, os grãos dos serrados, as carnes processadas que teremos para exportar, o mel, a carnaúba e o que iremos importar”
O chefe do Executivo piauiense lembrou a importância dos governadores que o antecederam no comando do estado. Ele lembrou o pioneirismo do ex-governador Alberto Silva, que na década de 1970 idealizou e começou as primeiras obras na Praia do Quebra Mar, em Luís Correia.
O Porto Piauí homenageia nosso estado. Esse porto é muito importante para Luís Correia, para Parnaíba, mas ele é importante para o Piauí todo e resolvemos homenagear o minério de ferro de Piripiri, os grãos dos serrados, as carnes processadas que teremos para exportar, o mel, a carnaúba e o que iremos importar".
O chefe do Executivo piauiense lembrou a importância dos governadores que o antecederam no comando do estado. Ele lembrou o pioneirismo do ex-governador Alberto Silva, que na década de 1970 idealizou e começou as primeiras obras na Praia do Quebra Mar, em Luís Correia.
Primeira fase é inaugurada após mais de 320 anos de interrupções
Apesar de os primeiros passos em direção à construção de um porto em Luís Correia terem sido dados apenas nos anos 60, a necessidade desse complexo portuário remonta ao século XVII. À época, já se era recomendado a construção de um porto no local.
Todavia, a falta de recursos na época impediu a concretização do projeto. O assoreamento nos rios Parnaíba e Igaraçu também foi um desafio imediato, dificultando o acesso de navios ao local.
Na segunda metade do século XX, foram realizados os primeiros estudos hidráulicos e hidrológicos para o porto. No entanto, as obras só começaram entre os anos 70 e 80, sendo interrompidas em 1986 devido à falta de recursos durante a Ditadura Militar. Em 1988, o Governo do Piauí obteve a concessão para explorar o porto por 50 anos, mas em 1991, a construção foi subconcedida.
Cerca de 16 anos depois, a construção do tão idealizado porto seguiu sem investimentos, tendo a subconcessão sido encerrada em 2007.
As interrupções e questões legais custaram mais de R$ 380 milhões aos cofres públicos. Após mais de 320 anos, a proposta de construir um porto em Luís Correia ressurgiu na gestão de Fafael Fonteles.
O Porto
O Porto Piauí consiste em três espaços distintos: o cais, a dragagem e urbanização do local. Ao todo, foram investidos mais de R$ 110 milhões na construção do Porto Piauí.
Segundo o Governo do Piauí, cerca de R$ 33.153.865,45 estão sendo investidos no cais, que está em fase de conclusão. O projeto terá 180 metros de comprimento por 35 de largura. Com relação à dragagem, foram retirados mais de 600 mil metros cúbicos de areia do fundo da água, que elevou o calado para nove metros, em um canal de 3,5 km do rio Igaraçu. Já a urbanização da retroárea custou R$ 13.746.248,74 e contempla a construção de ruas, o gate de acesso, que é o portal de acesso do porto, e um centro administrativo.
O Porto Piauí está apto a receber embarcações com comprimento de 60 metros, calado de 6 metros e boca de 11 metros. Porém, a operação de navios regulares, levando e trazendo mercadorias, só será possível após a instalação de terminais específicos, que serão construídos pelas empresas interessadas em operar no local.