Em meio a um cenário de forte calor, baixa umidade e ventos intensos, o Piauí enfrenta uma onda de queimadas que está impactando o fornecimento de energia elétrica para quase duas mil famílias. Segundo dados obtidos junto à Equatorial Piauí, somente no primeiro semestre deste ano, mais de 1.800 clientes de diferentes municípios foram afetados por ocorrências coletivas de falta de energia devido aos focos de incêndio. A capital do estado, Teresina, lidera o número de registros, com cerca de 50% das ocorrências.
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Com uma média de duas ocorrências por mês, os números têm chamado a atenção das autoridades para a necessidade de tomar medidas preventivas e conscientizar a população sobre os riscos e danos provocados pelas queimadas. Diante do cenário, é preciso fazer um alerta sobre os prejuízos materiais e impactos nas atividades essenciais causadas pelas queimadas.
O calor gerado por esses incêndios pode danificar postes e cabos, resultando em interrupções no fornecimento de energia em locais críticos, como hospitais, postos de saúde e escolas. Segundo a tenente-coronel Najra Nunes, relações públicas do Corpo de Bombeiros, a maioria dos focos de incêndio tem origem humana.
“Em 2023 já registramos um aumento considerável do número de chamadas para combater queimadas e em geral são ocorrências provocadas pelo lixo deixado na natureza, pelo uso do fogo para limpar terrenos, pelo preparo do solo para o plantio”, destaca a tenente. Além das preocupações com o fornecimento de energia e segurança, é essencial destacar que a prática de queimadas é considerada um crime, de acordo com o Código Penal Brasileiro e a Lei de Crimes Ambientais.
A legislação prevê penas de reclusão e multas para os responsáveis por incêndios criminosos. Em casos de incêndios nas proximidades da rede elétrica, a orientação é que as pessoas a não se aproximarem do local e a acionarem imediatamente o Corpo de Bombeiros pelo número 193.