No Piauí, uma iniciativa que visa combater a pobreza menstrual irá beneficiar mais de 500 mil mulheres através da distribuição gratuita de absorventes. A ação, que faz parte do Programa de Proteção e Promoção da Saúde e Dignidade Menstrual, irá ocorrer em 120 municípios piauienses e 276 farmácias já estão cadastradas.
Implementado pelo Governo Federal ainda no ano passado, o programa é voltado para grupos específicos de mulheres entre 10 e 49 anos, que estejam vivendo abaixo da linha da pobreza, matriculadas em escolas públicas, em situação de rua ou em condições de extrema vulnerabilidade. Mulheres recolhidas no sistema prisional também estão incluídas.
LEIA TAMBÉM
O objetivo do projeto é garantir o acesso à dignidade dessas mulheres. A implantação do programa é uma iniciativa conjunta entre as pastas da Saúde; Direitos Humanos e Cidadania; Justiça e Segurança Pública; Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; Mulheres e Educação.
Como ter acesso?
Para acessar os absorventes gratuitos, as interessadas devem estar inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com renda familiar mensal de até R$ 218 por pessoa. Estudantes de escolas públicas também podem acessar, desde que estejam no CadÚnico e a renda familiar mensal por pessoa não exceda meio salário mínimo (R$ 706). Para mulheres em situação de rua, não há exigência de limite de renda.
Segundo os critérios, para obter os absorventes é necessário se dirigir a uma das farmácias credenciadas com um documento oficial com CPF e a ‘Autorização do Programa Dignidade Menstrual’, que pode ser obtida digitalmente ou impressa, através do aplicativo ou site ‘Meu SUS Digital’. Esta autorização tem validade de 180 dias, e para menores de 16 anos, o responsável legal deve realizar a retirada.
Confira aqui a lista de farmácias credenciadas
Caso haja dificuldades em acessar o ‘Meu SUS Digital’ ou obter a autorização, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) estão disponíveis para ajudar. Pessoas em situação de rua podem procurar os órgãos de assistência social, e para a população carcerária, a distribuição é feita diretamente nas unidades prisionais.
O que é a pobreza menstrual?
A pobreza menstrual refere-se à falta de acesso a produtos de higiene menstrual, instalações sanitárias adequadas, e educação sobre menstruação. Isso afeta negativamente a saúde, a educação e a dignidade das mulheres e meninas. A pobreza menstrual pode levar à utilização de alternativas inseguras ou insalubres, ao absenteísmo escolar, e até mesmo a problemas de saúde. Combatê-la é fundamental para garantir a igualdade de gênero, a educação e o bem-estar das mulheres.