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Fábio Abreu aposta na força do Podemos para enfrentar estratégia governista em 2026

O secretário de Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (SADA) e ex-deputado federal, Fábio Abreu, afirmou que pretende manter o partido Podemos na ativa no cenário político piauiense, mesmo diante da orientação do governador Rafael Fonteles (PT) de restringir as chapas proporcionais em 2026 a apenas duas formações: uma do PT e outra da coligação cruzada entre MDB e PSD. As declarações foram dadas ao O DIA nessa quarta-feira (19).

Fábio Abreu destacou que a estratégia do Podemos é buscar uma “chapinha” alternativa para viabilizar candidaturas dentro do grupo governista.

Assis Fernandes / O DIA
Fábio Abreu, secretário SADA

“Concordo plenamente [com a decisão do governador], mas dentro de uma situação real, que nós avaliaremos no próximo ano, a viabilidade de uma composição pela chapinha. Então, dentro do planejamento continua da mesma forma, a gente buscando permanecer no Podemos forte para que a gente possa apresentar para o próprio grupo, aos grupos do lado que nós estamos, do lado do governo, essa possibilidade de ficar numa composição. Do contrário, a gente vai pensar direitinho para que rumo tomar”, declarou.

O secretário argumenta que a construção de uma chapa competitiva permitirá ao partido demonstrar força política e manter espaço nas eleições de 2026.

“A gente tem afirmado de continuar com a mesma determinação para buscar viabilidade de uma chapa alternativa. É óbvio que ainda estamos bastante distantes do período eleitoral. Eu acredito que as discussões, de fato, elas realmente só se iniciam no próximo ano, mas dentro dessa perspectiva do que nós estamos acompanhando, das palavras do governador, é exatamente no sentido de apresentar uma proposta viável de nomes que realmente sejam competitivos e que tenham uma perspectiva real de eleição de um deputado federal por essa chapinha”, afirmou.

A decisão do governador de limitar as composições proporcionais tem como objetivo evitar dispersão de votos, garantindo maior coesão no grupo governista. Nas eleições de 2022, algumas chapas menores não conseguiram eleger candidatos, o que, segundo Abreu, prejudicou nomes aliados.

“Foi uma certa orientação do que acho que é importante, até mesmo porque nós tivemos alguns exemplos da eleição passada, de uma composição que não conseguiu eleger ninguém e teoricamente esses votos poderiam ter sido destinados para a composição do governo, no caso do PT, inclusive eu poderia ter sido beneficiado se se não tivesse havido essa chapinha que houve no passado”, ressaltou.

Futuro político

Diante do novo cenário de apenas duas chapas proporcionais, Fábio Abreu reconhece que há poucas alternativas de disputar uma das cadeiras da Câmara dos Deputados pelo Podemos, e que poderá continuar no PSD caso a agremiação que gerencia informalmente não consiga se viabilizar.

“É uma das possibilidades, porque não resta muita alternativa. No que nós observamos, ficaria PSD e PT. Então, é PT ou PSD. Eu já estou no quadro do PSD, de fato, não saí pela questão da suplência. Então, sem dúvida, não tem problema nenhum com relação ao PSD, tenho um bom relacionamento com o Georgiano Neto e com o deputado Júlio César, então não há problema nenhum”, finalizou.


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