Foi publicada nesta terça-feira (11) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) o Guia de Segurança nas Rodovias Brasileiras 2025 com dados referentes ao período de novembro de 2023 a outubro de 2024 coletados junto às Polícias Rodoviárias Federais (PRF’s) dos Estados brasileiros. Os números do Piauí mostram que as rodovias mais perigosas do Estado são a BR-343 e a B-316, quando observados, respectivamente, a quantidade de acidentes e de mortes que registraram.
De novembro de 2023 a outubro de 2024, o Piauí registrou 1.477 acidentes nas suas rodovias federais. Estes levaram à morte de 160 pessoas, ou seja, uma média de 11 mortes a cada cem ocorrências. As duas principais rodovias federais do Estado concentraram a maior parte dos registros. Os números da CNT revelam que a BR-343 foi a estrada com mais acidentes: 657 ou 44,5% do total. Já a BR-316 foi a rodovia que registrou mais mortes: 60 ocorrências ou 37,5% do total.
Os principais tipos de acidente registrados no Piauí no período entre 2023 e 2024 foram: colisões (992 casos), saídas de pista (154), atropelamento (136), capotamento/tombamento (124), queda de ocupante (43), incêndio (22) e eventos atípicos (seis). As colisões deixaram 98 mortos no Estado, ao passo que as saídas de pista deixaram 21 mortos, os atropelamentos deixaram 36 pessoas mortas e quatro vidas foram perdidas em capotamentos/tombamentos.
A principal causa de acidentes, segundo a CNT, foi a ausência de reação do condutor, tendo aparecido como fator determinante para 272 acidentes ou 18,4% do total registrado no Estado. Esta também é a principal causa de mortes nas estradas piauienses, tendo sido fator determinante em 35 ocorrências com vítimas fatais (21,9% do total).
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Condições das rodovias
Os dados do Guia de Segurança nas Rodovias Brasileiras 2025 apontam também as condições das estradas piauienses, tanto as estaduais, quanto as federais. Pelo menos 67,3% da extensão delas apresentam algum tipo de problema; 43,1% da extensão apresentam problemas no pavimento; 76,4% da extensão têm problemas de sinalização e 52% da extensão têm deficiência na geometria da via. A CNT identificou, ainda, 149 pontos críticos ao longo das rodovias piauienses.
Os piores trechos rodoviários estão localizados na entre Eliseu Martins e São João do Piauí (PI-141); entre Pio IX e Várzea Branca (BR-020); entre Floriano e Dirceu Arcoverde (PI-140); entre São João do Arraial e São João da Fronteira (BR-222); entre Luís Correia e Buriti dos Lopes (BR-402); entre Piripiri e Pedro II (BR-404); entre Jerumenha e Cristalândia (BR-135) e entre Coivaras e Teresina (BR-226).
A reportagem de O Dia procurou o Departamento de Estradas e Rodagem do Piauí (DER-PI), por meio de sua assessoria, mas até a publicação desta matéria não houve retorno. O espaço segue aberto para futuros esclarecimentos.
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