O bilionário Elon Musk anunciou, na noite de segunda-feira (29), o primeiro implante de um chip cerebral em um humano. Segundo a publicação no X, antigo Twitter, o procedimento foi realizado pela empresa Neuralink, comandada por Musk, no último domingo (28).
Na rede social, o empresário afirmou que a pessoa que recebeu o implante da Neuralink está “se recuperando bem” e os resultados iniciais mostram uma “detecção promissora de picos de neurônios”. Confira abaixo:
A autorização para testar os implantes em seres humanos foi concedida à empresa, em maio do ano passado, pela Agência de Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA). Pouco depois, Musk iniciou o recrutamento de voluntários.
O que é o chip e como funciona?
Batizado como Telepathy (telepatia, em inglês), o chip implantado no cérebro permitirá que a pessoa controle telefones e computadores apenas com o pensamento.
O dispositivo tem o tamanho de uma moeda e é inserido, por meio de uma cirurgia invasiva, na região do órgão responsável pelo controle dos movimentos.
A Neuralink utiliza um robô intitulado Interface Cérebro-Computador para implantar o chip. Antes de humanos, o Telepathy foi testado em primatas, que movimentaram o cursor de um computador com o pensamento.
Qual é o objetivo do Telepathy?
Para Elon Musk, o objetivo principal do chip da Neuralink é ajudar pessoas que perderam os movimentos do corpo, como tetraplégicos, a terem uma melhor qualidade de vida.
Em outra declaração, o bilionário citou o físico Stephen Hawking, falecido em 2018, que utilizava um software para se comunicar devido à doença avançada que portava. Musk sugeriu que o Telepathy poderia ajudá-lo a comunicar-se mais rápido.
A comunidade científica não classifica a proposta da Neuralink como novidade, uma vez que já existem pesquisas envolvendo implante de dispositivos no cérebro para auxiliar pacientes que perderam o controle das pernas.
Entretanto, o diferencial do Telepathy é o futuro lançamento para o mercado, o que possibilitaria sua aquisição pelo público geral. Os especialistas levantam dúvidas a respeito da segurança e das complicações éticas do chip cerebral.