A Polícia Militar do Piauí, por meio do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), realizou o resgate de diversos animais encontrados em situação de cativeiro na cidade de Miguel Alves, a 113 km de Teresina. Ao todo, foram resgatados um macaco-prego e mais de 10 aves silvestres em residências vizinhas no bairro Vacaria. O caso ocorreu na sexta-feira (23).

De acordo com o sargento Israel Rodrigues, do BPA, uma denúncia anônima indicava que um idoso estaria mantendo um macaco em cativeiro há cerca de um mês. O animal estava acorrentado dentro da casa do homem. Lá, foram encontrados um macaco e dois pássaros silvestres.

"Apesar de não estar sendo maltratado e estar sendo alimentado, o macaco estava acorrentado. O idoso justifica que fez isso para evitar que o animal fugisse e fosse para os telhados vizinhos", destaca o sargento.

O BPA registrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra o idoso que não possuía autorização para manter o animal, visto que, apesar de não haver maus-tratos evidentes, é proibido criar animais silvestres em ambiente doméstico sem a devida autorização dos órgãos competentes.

"Nós explicamos que mesmo ele não maltratando o animal, isso se configura como crime ambiental, uma vez que ele estava mantendo um animal silvestre em cativeiro sem autorização do IBAMA", acrescentou.

Após resgatar o macaco-prego, o BPA apreendeu ainda outras 10 aves silvestres na residência vizinha. "Após concluir a ocorrência com o macaco, verificamos que na casa ao lado havia algumas gaiolas e decidimos abordar o proprietário", destaca Israel Rodrigues.

As aves estavam sendo mantidas em cativeiro sem a autorização dos órgãos competentes, o que também configura crime ambiental. "Realizamos a apreensão das aves e foi lavrado outro TCO para o vizinho, que também será responsabilizado judicialmente pelo crime", disse o sargento.

Todos os animais resgatados foram encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), no Bioparque Zoobotânico, em Teresina, para passarem por exames veterinários. No local, as aves e o macaco-prego receberão cuidados veterinários e ficarão em quarentena para avaliação antes de serem reintegrados à natureza.

“Alguns pássaros não conseguem mais voar. Eles precisam de um tempo em um viveiro maior para recuperar um pouco de força nas asas antes de serem capazes de voar e se alimentar independentemente na natureza", destaca o sargento.