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Justiça concede liberdade a vizinha presa suspeita de envenenar crianças em Parnaíba

A justiça concedeu liberdade provisória a Lucélia Maria da Conceição Silva, 54 anos, presa suspeita de envenenar duas crianças em Parnaíba. Lucélia está presa desde agosto de 2024 e nega todas as acusações. A polícia efetuou sua prisão após João Miguel e Ulisses Gabriel, 7 e 8 anos, darem entrada no Hospital Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, com sintomas de envenenamento por terbufós (chumbinho).

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Lucelia Maria da Conceição Silva, suspeita de envenenar crianças em Parnaíba.

Os sintomas se manifestaram depois de eles supostamente terem comido cajus dados por Lucélia. Ao cumprirem mandado de busca na casa dela, os policiais encontraram uma substância semelhante à encontrada no organismo das crianças. Em razão disso, Lucélia foi presa. Mas após o IML confirmar nesta manhã (13) que os cajus na verdade não estavam envenenados, o caso foi reaberto.

O advogado de defesa de Lucélia, Sammai Cavalcante, confirmou que a juíza titular da Vara de Parnaíba já concedeu liberdade provisória a ela. Lucélia deve ser solta ainda hoje. "Na realidade, o processo evoluiu de maneira positiva para minha cliente e a juíza presidente do processo concedeu a liberdade provisória. Revogou a prisão preventiva e colocou algumas nuances de sede cautelar, o que é de praxe em medidas desta natureza. Mas a Lucélia deve ganhar liberdade ainda hoje", explica Sammai.

Mulher teve a casa incendiada

Após ser presa acusada pela polícia por supostamente ter envenenado João Miguel e Ulisses Gabriel em agosto do ano passado, Lucélia Maria teve sua residência incendiada por populares em Parnaíba. Em audiência de custódia à época de sua prisão, ela negou as acusações. Em sua casa, a polícia encontrou terbufós, a mesma substância encontrada no organismo das crianças, além de deltametrina, usada para combater piolhos e ácaros. Após prender Lucélia, a polícia disse que ela teria uma convivência difícil com os vizinhos e que estaria envolvida no envenenamento de animais das redondezas.

Lucélia teve sua prisão em flagrante homologada ainda em agosto e passou a ficar presa preventivamente. A polícia concluiu o inquérito pouco mais de um mês depois indiciando-a por homicídio.

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Lucélia teve sua casa incendiada em Parnaíba

Reviravolta após novos envenenamentos e prisão de padrasto

Em 01 de janeiro, nove pessoas da mesma família foram envenenadas em Parnaíba. Todos eles eram parentes de João Miguel e Ulisses e deram entrada no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA) com sintomas semelhantes aos apresentados pelos dois meninos. Das nove vítimas, quatro morreram: Manoel Leandro (tio de Miguel e Ulisses), Igno Davi e Lauane Fontenele (irmãos de Miguel e Ulisses) e Francisca Maria (mãe dos dois meninos).

Na quarta-feira (08), Francisco de Assis Pereira da Costa, padrasto de Francisca, foi preso suspeito de ter envenenado a família. Em depoimento, ele teria afirmado para a polícia que sentia "nojo" e "raiva" de sua enteada e dos filhos dela. Com Francisco foram apreendidas revistas com conteúdo nazista e um baú onde ele guardava alimentos para consumo pessoal separado do restante da família. Francisco nega as acusações

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Francisco de Assis Pereira foi preso por suspeita de envenenar a família

Após a prisão de Francisco, a polícia foi questionada sobre a situação de Lucélia, presa há cinco meses. O delegado Abimael Silva, que preside o caso, afirmou que se tratam de investigações separadas e que o inquérito dela já havia sido finalizado e remetido à justiça.

A reportagem do Portalodia.com procurou a Polícia Civil para se pronunciar sobre o caso. Por meio de sua assessoria, a delegacia-geral disse que não vai mais se manifestar, apenas a Secretaria de Segurança. Procurada, a Secretaria de Segurança disse que também não vai se pronunciar.


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