Um dos faccionados presos durante a Operação Draco 115, deflagrada na tarde de quarta-feira (8), na Zona Norte de Teresina, teria envolvimento com o latrocínio do empresário Petrônio Nunes de Lima, dono de uma casa lotérica no Centro de Teresina, que foi morto a tiros durante assalto no dia 13 de março deste ano. De acordo com o delegado Charles Pessoa, o homem detido, identificado pelas iniciais R.B.S, teria auxiliado no deslocamento dos acusados de matar o empresário.
“Esse indivíduo já tinha passagens pela polícia e chegou a ficar preso por 12 anos. Nós identificamos que ele contribuiu com o latrocínio pois ajudou o criminoso a se deslocar de um local para o outro. Isso chamou nossa atenção. A partir do momento que uma pessoa auxilia outros criminosos de qualquer forma, eles já entram no nosso radar”, destaca Charles Pessoa.
Ao todo, a operação cumpriu dois mandados de prisão e cinco mandados de busca e apreensão. A esposa do homem também chegou a ser presa durante a operação, por ter envolvimento com tráfico de drogas. Na casa do suspeito, foram encontradas armas de fogo, drogas, munições e balança de precisão e uma quantia em dinheiro. Os presos agora estão à disposição da justiça.
Relembre o crime
Petrônio Nunes de Lima, de 60 anos, foi morto com um tiro no peito ao reagir a um assalto que ocorreu em sua casa lotérica, localizada na Avenida Campo Sales. Câmeras de segurança registraram o crime.
Nas imagens, pode-se observar o momento em que o assaltante invade o estabelecimento comercial. Em seguida, ele força a entrada na área administrativa da casa lotérica ao chutar a porta. Durante o anúncio do assalto, o proprietário da lotérica entrega o dinheiro ao criminoso. No entanto, em um instante de descuido por parte do assaltante, o empresário tenta reagir e é atingido por um disparo. Petrônio morreu a caminho do hospital. Veja o vídeo:
Acusados foram presos e se tornaram réus
O crime de latrocínio contra Petrônio Nunes foi cometido por dois criminosos: um deles adentrou o local e o outro aguardava do lado de fora, em um carro. Um dos acusados chegou a ser preso ainda no dia do crime. O condutor do veículo foi identificado como Isac da Silva Nascimento. Ele foi detido no bairro Mafrense, zona Norte de Teresina, onde também foi localizado o veículo usado para a fuga dos criminosos. Isac já respondia pelos crimes de roubo e posse de drogas, com três condenações.
Já o outro homem foi preso dois dias após o crime, em 15 de março. Identificado como Gleison Ferreira da Silva, ele foi o responsável por efetuar o disparo que vitimou o empresário. Gleison foi preso em Teresina, na Vila Apolônio, zona Norte da Capital.
Conforme divulgou a polícia, Gleison Ferreira da Silva responde a cinco processos na justiça, tendo duas condenações pelos crimes de roubo, corrupção de menores, receptação, homicídio e tráfico de drogas.
Ambos os acusados se tornaram réus no processo. Isso porque a justiça recebeu e deferiu a denúncia contra eles oferecida pelo Ministério Público Estadual. Uma terceira pessoa, uma mulher identificada como Jaciara Pires Rodrigues, também está presa pelo crime e foi igualmente pronunciada, tornando-se réu no processo. De acordo com a denúncia do MP, ela forneceu a arma usada para matar Petrônio Nunes de Lima durante o assalto à sua loteria.
A denúncia foi aceita pela juíza Junia Maria Feitosa Bezerra Fialho, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, em decisão proferida na última sexta-feira (19). Ao se pronunciar nos autos, a magistrada deu prazo de dez dias para que as defesas dos réus se manifestem da decisão. Ao aceitar a denúncia do MP, a juíza destacou que as provas constantes nos autos apuram indícios suficientes de autoria e de materialidade dos crimes narrados.
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