A ex-deputada estadual Teresa Britto, que também é vice-presidente nacional do Partido Verde (PV), afirmou que o modelo de federação partidária enfrenta dificuldades e pode não ter sustentabilidade para o futuro. Em entrevista ao O Dia, nesta segunda-feira (4), a ex-deputada criticou os impactos desse formato sobre partidos de menor expressão e aqueles em processo de expansão, especialmente diante do cenário pós-eleitoral de 2024, em que o PV sofreu um retrocesso em diversas localidades.
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Teresa Britto avaliou que o PV se deparou com uma perda de posições em diversas Câmaras Municipais e Prefeituras e, com isso, o formato de federação partidária atual deverá ser reavaliado.
"Dizer que as federações para partidos pequenos ou em desenvolvimento não têm sido muito boas. Em 2024, se vê o retrato dessa realidade no Brasil. Tivemos o encolhimento significativo do partido, e isso não foi bom. Esse encolhimento não tem viabilidade. Só é bom quando é bom para ambos os partidos, não dessa forma onde só um consegue crescer e os outros diminuem e não tem condições de sobrevivência”, disse.
No caso do Piauí, a vice-presidente nacional destacou que o partido conseguiu manter o mesmo número de vereadores eleitos em 2020, porém sofreu uma baixa na bancada da capital.
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“No Piauí nós mantivemos o número de vereadores que tínhamos antes, e na capital perdemos um vereador na bancada do PV. O vereador Caio Bucar e Neto do Angelim foram muito bem votados e mantivemos a votação que tivemos em 2020”, relatou.
Em âmbito nacional, Teresa Britto revelou que o PV está em processo de reorganização e fortalecimento para um plano estratégico de desenvolvimento e possível revisão da aliança federativa, especialmente sobre as eleições de 2026.
“No Brasil todo nós estamos exatamente agora nos reunindo, já fizemos uma reunião a nível de fundação para se preparar um plano de organização e fortalecimento em todo o Brasil. Membros da fundação, que também são do partido, eles vão percorrer o Brasil neste fortalecimento do partido com relação a futuro da federação, se ela vai permanecer, porque ela termina antes das eleições. É uma incógnita (o futuro da federação). Precisamos fazer uma avaliação e ver como vai ser melhor para nós como federação”, concluiu.
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