Nesta terça-feira (23), o jornalista português Sergio Tavares, preso pela Polícia Federal no dia 25 de fevereiro, prestou depoimento à Comissão de Segurança Pública do Senado. Sergio Tavares veio ao Brasil para participar do ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista.
O ato do dia 25 de fevereiro foi voltado à liberdade de expressão, que segundo lideranças partidárias presentes na manifestação, estava sofrendo represália do ministro do Supremo tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Sergio Tavares foi retido pela PF ainda no aeroporto sob acusação de manifestações de opiniões perigosas que beiram a criminalidade, isso porque o português já havia se manifestado publicamente em suas redes sociais um posicionamento contra decisões do STF e a urna eletrônica brasileira, conforme relatado pelo diretor-geral da Polícia Federal Rodrigo de Melo.
“Mas tem manifestações que eu diria que beiram um aspecto criminoso ou que beiram alguma questão ali que flerta com a criminalidade. Como, por exemplo, ataques à honra de ministros da Suprema Corte, que ele faz na rede social dele [...] Outra questão: quando ele critica a urna eletrônica e diz que ela é fraudada, tangencia em uma situação que a gente sabe, pelo menos com provas e até o momento, que não tem nenhuma legalidade nesse procedimento. Além disso, ele apoia o movimento golpista que houve no dia 8 de janeiro. Ele faz manifestação favorável à invasão de prédios públicos, inclusive aqui, do Senado, do Supremo, da Câmara dos Deputados”, afirmou.
Em seu depoimento desta terça (23), Sergio Tavares revelou que foi avisado para não vir ao Brasil e sentiu medo de não voltar para seu país. ‘Eu defendo a liberdade de expressão, e como o Brasil está privado desta liberdade, quis vir [...] Mas me despedi dos meus filhos com lágrimas nos olhos [...] Centenas de brasileiros me avisaram e falaram ‘não vá, você vai ser preso’”, relatou.
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