Esta semana demostrou o grave problema que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem na articulação com a Câmara dos Deputados. O que já era alertado por deputados de situação e oposição, se concretizou nas votações em plenário. A aprovação do marco temporal da demarcação de terras indígenas e a necessidade do próprio presidente articular a aprovação da MP dos ministérios são os exemplos.
Para o deputado federal do Piauí Francisco Costa (PT), relator da MP do novo Bolsa Família, a articulação política do governo com o Congresso precisa avançar. Ele lembrou a influência do presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre o “centrão” e comentou os limites da relação dos poderes.
“O presidente da Câmara tem uma habilidade, tem uma liderança sobre muitos outros partidos. O Palácio do Planalto precisa cada vez mais aprimorar os discursos. A gente sabe que esse diálogo tem seus limites, suas tolerâncias de concessões. É preciso aprimorar esse diálogo para avançar e que se construía uma unidade com pacto em comum para discutir as matérias importantes”, disse.
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Francisco Costa declarou que a capacidade de diálogo do Legislativo com o Executivo será necessária para que matérias importantes para o país, como a reforma tributária, entre em pauta no Congresso. O parlamentar analisou ainda que as promessas de campanha de Lula também precisarão da articulação política do governo.
“Quem está responsável pela articulação política precisa dialogar mais com o Congresso e assim essa harmonia será possível. Os passos estão sendo dados. Acredito que na próxima semana se avance mais. Sem essa harmonia, teremos problemas. Os compromissos dos programas de governo apresentados pelo presidente Lula precisam de harmonia com o Congresso”, finalizou Francisco Costa.