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Acidente Voepass: FAB diz que nenhum veículo de imprensa teve acesso a áudios do voo

A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), garantiu, na noite de ontem (14), que nenhum veículo de imprensa teve acesso aos áudios, transcrições, tampouco aos dados dos gravadores de voo, popularmente conhecidos como caixas-pretas da aeronave da empresa Voepass envolvida no acidente em Vinhedo (SP).

Secretaria de Segurança de São Paulo
Acidente Voepass: FAB diz que nenhum veículo de imprensa teve acesso a áudios do voo

A informação foi divulgada após notícias serem veiculadas por jornais do país inteiro e nas mídias sociais sobre o que seria uma troca de diálogo entre o comandante Danilo Santos Romano e o copiloto Humberto de Campos Alencar e Silva. Segundo as notícias veiculadas, os áudios finalizam com o que supostamente seriam gritos dos passageiros.

Segundo o Cenipa, o órgão que segue estritamente os protocolos específicos estabelecidos pela Lei nº 7.565/1986 (Código Brasileiro de Aeronáutica - CBA), pelo Decreto nº 9.540/2018 e pelo Anexo 13 à Convenção sobre Aviação Civil Internacional, de 1944. “A FAB reitera seu compromisso com a transparência e a seriedade na condução das investigações, bem como pelo respeito à dor dos familiares das vítimas envolvidas no acidente”, informou a Força Aérea Brasileira em nota.

As caixas-pretas da aeronave foram encaminhadas, na manhã do último sábado (10), para o Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (LABDATA) do CENIPA, em Brasília (DF), onde uma equipe técnica especializada realiza uma atividade minuciosa voltada à extração, obtenção e análise de dados de componentes de última geração embarcado nas principais frotas da aviação mundial.

Divulgação/FAB
Acidente Voepass: FAB diz que nenhum veículo de imprensa teve acesso a áudios do voo

Segundo o chefe do CENIPA, Brigadeiro do Ar Marcelo Moreno, por meio dos recursos do LABDATA, certificou-se que as caixas-pretas gravaram com sucesso os dados de voz e de voo referente à ocorrência em Vinhedo (SP).

“Com relação ao CVR, está sendo realizado um estudo minucioso dos diálogos e sons estabelecidos na cabine e com o controle do espaço aéreo. Ainda, por meio do CVR, devem ser identificados os possíveis alarmes sonoros, cuja pesquisa pode requerer, se necessário for, uso de software de análise espectral do som. Por meio do FDR, já no início do processo, busca-se, após a extração e obtenção das informações gravadas nas caixas-pretas, a conversão dos dados eletrônicos binários em unidade de engenharia”, explica.

Com a conclusão da Ação Inicial, em Vinhedo (SP), nessa segunda-feira (12/08), a investigação agora avança para a fase de Análise de Dados. Neste estágio, serão examinadas as atividades relacionadas ao voo, o ambiente operacional e os fatores humanos, bem como um estudo pormenorizado de componentes, equipamentos, sistemas, infraestrutura, entre outros.


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